Tecnologias na
educação : Ensinando e aprendendo com as
TICs
Unidade VI -
Práticas pedagógicas e Mídias Digitais
Ativ. 4.3 -
Leitura, reflexão e discussão sobre mídia-educação
Cursista: Sebastião
Cardoso Naves
Professoras: - Maria da Penha P. da Silva e Leila Debortolli Bergonci
São muitas as críticas, por parte de
pesquisas e estudos científicos em torno dos novos posicionamentos das mídias e
das hipermídias que nos envolvem diariamente. São várias as situações em que
presenciei, e muitas vezes, participei de situações de aprendizagens desfocadas
da realidade que o momento tecnológico exige. Todos profissionais sabem disso.
No entanto, como já argumentei em outras situações; o professor acaba sendo o
único mal vilão dessa situação; ao passo que o Mec, as secretária de educação e
até mesmo as escolas, só se preocupam em sobrecarregarem esses profissionais, com
currículos e condições, que não contemplam essas novas tendências. Parece até
mesmo, que essas próprias instituições que poderiam dar os primeiros passos,
rumo à essas novas visões, matem-se estáticas, impossibilitadas e ao mesmo
tempo perdidas e conformados diante da
situação. As investiduras rumo a essa nova visão, não passam de blá,blá,blá... e ideologias desvinculados da realidade.
Particularmente, pra se inserir dentro
dessa nova perspectiva de Ensino-aprendizagem, deveria se iniciar com a redução
da carga horária para 30 h semanais, salários dignos e reformulação dos currículos
pedagógicos, contemplando em cada conteúdo programático as novas tecnologias, para
se formar alunos mais críticos e criativos, e envolvidos com o aprendizado.
Obrigatoriedade da formação continuada para os profissionais atuantes e
formação superior que contemple essa nova postura mundial, diante das
tecnologias atuais. De fato, o professor, que não vivenciou o nascimento dessa
nova postura, e que em partes, está desmotivado e sobrecarregado, diante de
tantas imposições no dia a dia da profissão; não tem mesmo, vontade e tempo,
para se dedicar a esses novos desafios. A maioria dos profissionais, levantam,
comem, dormem e sonham com a escola. Para grande parte dos gestores
educacionais, o professor não é humano, não
tem família à sustentar e a se dedicar, não sofre, não tem vida particular e
muito menos precisam de lazer. Trabalha o
dia inteiro, em salas lotadas, recursos didáticos escassos, contenção de
despesas, alunos impacientes, tendo que aprenderem dentro de um panorama
educacional, que realmente não é o deles; e ainda assim, depois de um dia
inteiro de desgaste psicológico, ainda querem que o professor se adapta às
novas tendências. Os resultados de tudo isso, é bem fácil de ser detectado; e
só observarmos os inúmeros casos de afastamentos médicos, de colegas com problemas
de saúde.
Em resumo, achei bastante esclarecedora
as pesquisas de campo, elaboradas e executadas em Florianópolis. Através delas,
podemos observar o distanciamento que há entre o discurso e a prática.
Enquanto, não houver um envolvimento em massa, em termos de instituições de
ensino, e profissionais da educação e de toda a sociedade; a sala de ensino-aprendizagem
que vislumbra essa nova realidade, irá seguir,
ainda capenga; por uns longos anos.